Sobre viver fora de casa


Em 17 de outubro de 2015 viajei rumo à realização de um sonho – o de viver na Europa e entregar-me de coração à essa experiência de estar longe de casa (mas perto de mim).

Parti com o coração transbordando de alegria e ao mesmo tempo com uma sensação de estar deixando o lar. Mas confesso -  no segundo dia estando aqui sinto que esse também é o meu lar, aquele que escolhi.

Aproximadamente 15 horas de viagem e muitos encontros no caminho – branco, negro, chinês, gente alta, outros nem tanto, línguas fáceis de identificar e outras que não faço ideia de onde é, mas o fato é estar no mundo, se dispor a “sair de casa” é descobrir a diversidade. E estou amando cada conquista. 

Um simples ato de andar de metro me faz feliz, fico atenta a cada pessoa que por mim passa, tento identificar sua nacionalidade, e fico a imaginar qual seria a sua história, o que a move, que sonhos tens. É tão maluco, mas acho que o processo de  “voltar à casa” envolve olhar o outro com amor e cuidado, e assim inúmeras informações sobre mim mesma surgem como num passe de mágica.


Certa vez li que a melhor forma de estar em contato com o nosso Ser é estando sozinha, é no vazio que conseguimos sentir a presença do nosso Eu superior. Por isso resolvi vivenciar essa experiência, de peito e alma. O que irá acontecer eu ainda não sei, mas sinto meu coração vibrar, e nesse momento da minha vida, isso por si só basta.

Comentários